Elon Musk e seu comitê de ação política, o America PAC, estão sendo processados pelo promotor-geral da Filadélfia, Larry Krasner, sob alegação de que o bilionário estaria conduzindo uma “loteria ilegal” para influenciar eleitores em estados indecisos dos Estados Unidos. Musk, um dos principais apoiadores de Donald Trump, teria prometido sorteios diários de US$ 1 milhão, mais de R$ 5,7 milhões na cotação atual, até o dia das eleições americanas, em 5 de novembro, para pessoas que assinassem uma petição on-line em apoio à Constituição dos EUA.
Elon Musk é processado por atividade ilegal e manipulação eleitoral
De acordo com Krasner, as loterias na Pensilvânia devem ser regulamentadas pelo governo estadual e direcionadas ao benefício de idosos, e não utilizadas para fins eleitorais. Ele afirma que Elon Musk estaria usando o sorteio para atrair novos eleitores para Trump, comprometendo a integridade do processo eleitoral. O promotor questiona a suposta aleatoriedade dos vencedores, alegando que vários ganhadores já teriam participado de comícios de Trump na Pensilvânia, o que indicaria manipulação.
O processo também aponta falta de transparência no uso dos dados coletados dos inscritos, como nomes, endereços de email, residenciais e números de telefone, sem clareza sobre como essas informações serão utilizadas.
Sorteios polêmicos em estados decisivos
O America PAC, com o apoio de Elon Musk, já havia doado 118 milhões de dólares (R$ 672 milhões) para campanhas eleitorais. Após o início das acusações, o valor dos sorteios foi reduzido para 100 dólares (R$ 568) antes de Musk anunciar os prêmios milionários diários. Um dos sorteados, Brian Bauer, professor de Wisconsin, apareceu ao lado da família com o cheque de 1 milhão de dólares. A campanha se concentrava em estados decisivos como Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Arizona, Michigan, Wisconsin e Carolina do Norte, considerados essenciais para o resultado da eleição presidencial.
O caso gerou reações nas redes sociais e entre especialistas, levando o Departamento de Justiça dos EUA a investigar a legalidade da ação. Em comunicado, o órgão destacou que a petição de Musk não era uma campanha de registro de eleitores, mas uma “maneira de influenciar a opinião pública e o processo eleitoral”.
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