O LinkedIn enfrenta um revés significativo na Europa após ser multado em €310 milhões, quase R$ 2 bilhões na cotação atual, pela Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda. A punição é resultado de uma investigação sobre violação de privacidade através do uso de dados de usuários para anúncios.
O órgão regulador irlandês apontou falhas na legalidade, transparência e justiça do processamento de dados, contrariando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, que exige que o uso de dados pessoais tenha uma base legal adequada.
No caso do LinkedIn, o DPC concluiu que as justificativas apresentadas, como “consentimento”, “interesses legítimos” e “necessidade contratual”, eram inválidas para os fins de rastreamento e criação de perfis para publicidade comportamental. Além disso, a rede social foi acusada de não informar de forma clara os usuários sobre o uso de seus dados, violando os princípios de transparência do regulamento.
LinkedIn tem três meses para regular operação
A multa coloca o LinkedIn entre as dez maiores penalidades impostas pelo GDPR contra grandes empresas de tecnologia. No entanto, o valor foi menor do que o previsto pela companhia.
O caso teve início com uma reclamação feita em 2018 pela organização de direitos digitais La Quadrature Du Net, na França, e foi transferido para a Irlanda. Após seis anos de investigações, a decisão foi concluída em julho de 2024 e recentemente tornada pública.
Além da multa, o LinkedIn recebeu um prazo de três meses para colocar suas operações em conformidade com o regulamento europeu.
Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!