Os incidentes de segurança cibernética foram classificados como o segundo maior risco aos negócios no Brasil. Para acompanhar essa tendência, as defesas digitais estruturadas por hackers éticos também vêm crescendo, principalmente com a atuação da BugHunt, empresa brasileira de cibersegurança referência em Bug Bounty. A modalidade de serviço da startup transforma o estereótipo desses especialistas no país, desfazendo sua má reputação.
Por meio de programas públicos e privados, a companhia conecta mais de 20 mil hackers a bancos, fintechs, portais de notícias, e-commerces, health techs e marketplaces.
Caçadores de vulnerabilidades
Os profissionais recebem uma retribuição monetária – que pode chegar a mais de US$ 107 mil por ano – como recompensa pela identificação de vulnerabilidades em sistemas de clientes, permitindo que essas falhas sejam corrigidas antes de serem usadas contra a empresa por cibercriminosos.
“Aquela velha fama ruim dos hackers, sempre ligada a golpes e crimes virtuais, está acabando”, diz o fundador e CEO da BugHunt, Caio Telles. “As melhorias que esses indivíduos criativos proporcionam ao mercado são mais evidentes nos dias atuais, devido ao aumento da demanda por uma segurança digital robusta. Isso demonstra para a sociedade que seus princípios são baseados em garantir a privacidade e a transparência de dados para todos”, completa.
Cenário positivo para a BugHunt
Acompanhar esta tendência rendeu bons resultados para a empresa entre 2023 e 2024. No primeiro trimestre deste ano, foram criados quase 130 relatórios por 97 especialistas, totalizando em mais de R$ 200 mil em recompensas. Com esta metodologia, grandes companhias conseguiram implementar novas tecnologias de proteção contra ataques cibernéticos, como Skeelo, OLX, UOL, Webmotors e TIM Brasil.
Apesar do crescimento nacional, os hackers éticos não são populares apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, a função já é tendência e os profissionais podem receber mais de US$ 107 mil por ano, segundo o Glassdoor. Além disso, uma pesquisa da Cybersecurity Ventures projeta que o setor de cibersegurança abrirá ao menos 3,5 milhões de vagas de trabalho até 2025, criando ainda mais oportunidades para quem quer ingressar no ramo.
Após elevar o faturamento em 180% e a base de clientes em 70% em 2023, na comparação com 2022, a BugHunt planeja aumentar o leque de nacionalidades da sua comunidade de pesquisadores em 2024, que já possui nativos de países como Canadá, Portugal, Inglaterra, Espanha e Índia, além do próprio Brasil e Estados Unidos.
“Difundir a cultura do Bug Bounty ao redor do mundo é a principal saída para democratizar o acesso à segurança da informação”, ressalta Telles. “Eliminar de vez a visão de que hackers têm apenas intenções criminosas pode fazer com que mais organizações reconheçam a inadequação de abordagens tradicionais para conter ataques cibernéticos, trazendo uma postura mais proativa e madura para as suas estratégias”, finaliza.
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