A Igah Ventures foi fundada em 2013 por Pedro Sirotsky Melzer e, na última década, tem se esforçado para traçar uma trajetória de pioneirismo e fomento ao ecossistema brasileiro de startups. Camila Sangali, sócia da Igah Ventures, compartilhou detalhes sobre a história e as projeções futuras da empresa, oferecendo uma visão clara dos últimos 10 anos e o que está por vir para um dos principais players no cenário de investimentos de estágio inicial no Brasil.
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Inicialmente conhecida como eBricks até 2020, a empresa se estabeleceu como um investidor de destaque no mercado, levantando três fundos ao longo do tempo, com um quarto fundo em fase de captação, totalizando R$ 1.5 bilhão sob gestão. “Já temos dois totalmente investidos, e em um ainda temos capital pra investir. Agora, estamos levantando o quarto fundo”, conta a executiva.
Ao longo dos anos, a Igah Ventures fez 45 aportes e teve 13 exits, incluindo um IPO. “Temos um track record de sermos o primeiro investidor em diversas grandes startups”, comenta. Com 27 empresas ativas em seu portfólio, a empresa se destaca como o investidor institucional inicial de várias empresas de sucesso, como Avenue, Unico e Conexa Saúde.
Camila enfatiza que o foco da empresa é investir de Seed à Serie B, com ênfase especial na Serie A. Segundo ela, a abordagem agnóstica em termos setoriais permite à Igah Ventures explorar uma ampla gama de setores, priorizando, no entanto, empresas de tecnologia que resolvam problemas relevantes na economia. Embora o foco principal seja o Brasil, o fundo é voltado para toda a América Latina.
Embora tenha uma tese agnóstica, a Igah sempre olhou para setores em crescimento exponencial, como fintechs. O portfólio da Igah reflete não apenas o momento de mercado, mas também os pilares essenciais da empresa: investimento em empresas tecnológicas que proporcionam eficiência em mercados relevantes, capacidade de liderança no mercado, fundadores excepcionais e modelos de negócios sustentáveis. “A gente valoriza muito fundadores que tenham não só uma visão ousada, mas que também tenham capacidade de track record na execução. O último pilar é que a gente sempre investiu em empresas que sejam sustentáveis, não só do ponto de vista de fazer a coisa certa da forma certa, mas um modelo de negócio que gera margem bruta e que no futuro vai ser uma companhia. A junção dessas quatro coisas nos ajuda a transitar pra esses novos segmentos.”
Futuro da Igah Ventures
Por isso, olhando para o futuro, a empresa mantém um forte interesse em plataformas SaaS e está expandindo seu escopo para incluir investimentos relacionados ao clima e meio ambiente. Camila destaca o potencial desse setor e a tecnologia disponível para resolver questões ambientais, alinhando-se com a visão da empresa em investir em líderes de mercado. “A gente vê que há um espaço muito grande para esse setor, então a gente parte da nossa tese, que é investir em empresas que possam se tornar lideres de suas categorias em grandes mercados”, diz.
Com relação ao financiamento, a Igah Ventures está atualmente no processo de captação do quarto fundo, visando um valor de US$ 200 milhões, mantendo a mesma filosofia de investimento. O tamanho do investimento varia conforme o estágio da empresa, com um foco principal na Serie A, com um ticket médio de US$ 5 milhões.
Em dezembro de 2022, a Pátria Investimentos anunciou a compra de 100% da Igah. A recente aquisição, entretanto, não alterou a essência da Igah Ventures. A autonomia, a metodologia e os processos continuam intactos, “mas a parceria ampliou o networking, permitindo acesso a um amplo grupo de ativos alternativos e expertise específica em áreas como saúde e cibersegurança”, explica Camila. “Mantivemos a nossa autonomia e nosso time, e trocar conhecimento com a Pátria acelerou nosso processo, foi importante pra gente ter o conforto de entrar na companhia”, completa.
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