Por Bruna Galati
A modelo e empresária gaúcha Gisele Bündchen desembarcou em território brasileiro para fechar com chave de ouro o primeiro dia do VTEX DAY, um dos maiores eventos de transformação digital da América Latina, que acontece nos dias 5 e 6 de junho. Sua trajetória inspira muitos e traz alguns pontos de aprendizado após quase 30 anos de carreira.
Gisele chorou ao falar sobre o apoio da família. “Eu queria que meus pais fossem orgulhosos de mim. Agora, quero mostrar para meus filhos que todos nós podemos ter um impacto positivo no mundo”.
Também compartilhou lições de resiliência que a fizeram chegar aonde está hoje. “De 100 castings que eu fazia no início, conseguia pegar um ou dois trabalhos. Fiquei acostumada a receber não, criei resiliência. Escutei muitas críticas sobre minha aparência e eu tinha 14 anos, era duro de escutar. Se a gente consegue ter gratidão pelos desafios, é meio caminho andado para alcançar os objetivos”.
Confira os aprendizados compartilhados pela supermodelo:
1- Persista diante de respostas negativas
Aos 13 anos, Gisele Bündchen foi inscrita pela mãe em um curso de postura e boas maneiras – que levou o grupo de meninas para visitar o Playcenter, em São Paulo. No dia do passeio, na praça de alimentação, Gisele foi descoberta pela agência Elite. “Não tinha como eles não me notarem, eu era enorme, a maior do grupo. Até andava corcunda para ficar mais próxima das outras meninas”, brinca a modelo.
Então, tomou uma decisão corajosa: foi emancipada para deixar sua cidade natal, Horizontina, no Rio Grande do Sul, e se mudar para São Paulo, com o objetivo de seguir uma carreira no mundo da moda como modelo.
Chegou na estação do Tiete com os R$ 50 que seu pai tinha dado para pegar o táxi até o apartamento que moraria com outras modelos, mas resolveu pegar o metrô para economizar. “Eu era muito ingênua, tinha mais gente no metrô do que na cidade que morava. Quando olhei minha mochila, minha carteira tinha sido roubada e na época não exista celular para se comunicar. Sentei no chão e comecei a chorar. Uma senhora me ajudou com uns trocados e usei o orelhão para ligar para o apartamento e descobrir como chegava lá.”
De início, Gisele Bündchen levava seu book para diversos castings para modelos e por incrível que pareça, na época, não se destacava entre tantas candidatas e estava acostumada a ouvir “não”. Ainda escutava que seu olho era muito pequeno, o nariz era muito grande para fazer fotos e não servia para ser modelo, mas com persistência ela conseguiu.
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2- Abraçar oportunidades
Gisele Bündchen não pensava em ser modelo quando criança, seu sonho era ser jogadora de vôlei ou até mesmo veterinária, mas enxergou a carreira de modelo como uma oportunidade de ganhar dinheiro para ajudar em casa e abraçou a oportunidade. Seu primeiro cachê foi enviado para a família para reformar a casa.
Aos 14 anos, sua agência de modelos a enviou para o Japão. “A agência investia na gente, pagando nossa moradia, mas esperava que reembolsássemos posteriormente. Por isso, eles nos enviavam para o Japão, onde poderíamos trabalhar duas vezes ao dia”, explica Gisele Bündchen. Ela acrescenta que no país aprendeu duas lições importantes: evitar o envolvimento com drogas, algo que nunca tinha presenciado em sua cidade natal, e a linguagem da energia corporal, já que não falava a língua local e precisava se comunicar por meio de gestos.
Depois da primeira viagem internacional, participou de dezenas de castings em Londres. “Depois de muitos ‘nãos’, eu estava no lugar certo na hora certa”, explica Gisele Bündchen sobre o casting do estilista britânico Alexander McQueen que mudou a sua vida. Aos 18 anos, sem blusa e com o corpo pintado de maquiagem branca, a modelo fez o seu primeiro desfile inteiro chorando – a chuva contribuiu para ofuscar esse momento de vulnerabilidade. Depois, foi notada por Anna Wintou e estampou a sua primeira capa na Vogue americana como o “retorno das curvas”.
3- Foque no propósito
O propósito de Gisele Bündchen era ter renda para ajudar sua família e construir o seu futuro, então durante sua trajetória não desviou seu foco. Após ser capa da Vogue e reconhecida como a melhor modelo do mundo em 1999, os trabalhos internacionais começaram a surgir. Morando em Nova York, a modelo conta que trocava as passagens de primeira classe por econômica para juntar dinheiro. Aos 19 anos comprou seu primeiro apartamento. “Enquanto todas as minhas amigas torravam o dinheiro que ganhavam, eu economizava. Eu queria ter uma segurança, se aquilo acabasse no ano seguinte, pelo menos eu teria um teto.”
A supermodelo também conta sobre as tentações da vida de modelo, como festas, drogas e relacionamentos. “Eu focava no meu propósito. Vi muitas meninas perdendo castings porque passaram a noite anterior fora de casa usando drogas, era oportunidade jogada fora. Eu queria ser aceita por elas, mas como não ia no embalo, era deixada de lado e ignorada, mas tudo bem.”
4- Autocuidado é fundamental
Como ouviu muitos “não” no início da carreira, Gisele Bündchen sentia que não podia recursas trabalhos. “Eu trabalhei 360 dias por ano até os 23, só folgava quatro dias para passar o Natal com a família. Pulava de país em país e mudava de fuso-horário praticamente todos os dias, isso desencadeou um quadro de ansiedade e depressão em mim.”
O primeiro ataque de pânico aconteceu durante um voo em 2003. Depois do episódio, ela passou a ter medo de lugares fechados. “Eu não conseguia entrar em um avião sem achar que iria morrer. Eu realmente tive o desejo de só pular de um prédio e nunca mais ter que me preocupar com esses sentimentos”, lembra.
Para lidar melhor com as crises, a modelo passou a fazer uso de medicamentos para ansiedade, mas o que realmente fez diferença foi mudar sua vida ao abandonar alguns hábitos diários. “Eu fumava, bebia vinho e tomava café todos os dias. Parei com tudo do dia para a noite. Eu pensei que se essas coisas eram de alguma forma a causa da dor da minha vida, elas precisavam sumir.”
5- Gisele Bündchen faz impactos positivos no mundo
Em 2020, Gisele Bündchen uniu forças com a ONG BrazilFoundation para fundar o Luz Alliance, um fundo dedicado a apoiar causas emergenciais. Para o ano de 2023, há uma expectativa de que o Luz Alliance invista R$ 1 milhão em prol dos diversos biomas brasileiros. Como parte desses esforços, em 20 de maio ocorreu o “Luz Alliance Fund Miami Gala”, um jantar com o objetivo de arrecadar recursos adicionais para esses preciosos ecossistemas brasileiros.
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