Frente às especulações sobre o mercado de venture capital, a Bossanova Investimentou apresentou, durante o Bossa Summit, um levantamento de dados históricos próprios e do setor, corroborando com a tese de early exit. Os números mostram que o early stage domina o mercado de investimento em venture capital no Brasil e no mundo — nos últimos sete anos, a fatia deste mercado nunca ficou abaixo dos 62% nos dois contextos.
“Os investimentos early stage da Bossanova mantém uma constância anual de valorização, não sofrendo a mesma volatilidade do mercado, demonstrando ser um ativo descorrelacionado em comparação a outros”, destacou João Kepler, na abertura do evento. Nos últimos quatro anos, de 2016 a 2022, a oscilação de rentabilidade na Bovespa chegou a 30% de diferença entre a máxima e a mínima do período. Enquanto a Taxa Interna de Retorno (TIR) da Bossanova, teve uma variação de 17%.
Confira aqui o Mídia Kit do Startupi!
Early exit x Late exit
Em relação aos retornos, investir em early stage e fazer o exit com até cinco anos traz os melhores resultados: a Taxa Interna de Retorno (TIR) nos Estados Unidos é de 16,14% nessa faixa de tempo. Os retornos nessa modalidade ficam à frente de multi e late & expansion stage em todas as datas de resgate (trimestre, um ano, três anos, cinco anos e 10 anos), menos no período de 15 anos, onde ambas se mostram mais relevantes. No Brasil, o MOIC (Multiple on Invested Capital) da Bossanova é superior ao do país e com um prazo de saída significativamente menor: são 5,67 de valor gerado no capital investido em três anos, em comparação aos 4,41 em sete anos do cenário brasileiro.
Early stage x Investimentos globais
Na avaliação de João Kepler, investir em startups em estágio inicial tem trazido retornos para os investidores superiores a aplicações como CDI, como apontou os dados de portfólio da Bossanova e de histórico de aportes entre 2016 e 2022. “Investir em startups early stage e fazer a saída (exit) em até cinco anos tem trazido melhores retornos para os investidores – corroborando com uma tese cada vez mais forte no ecossistema, que é o early exit”, afirma.
Mesmo com a redução de investimentos no Brasil no ano passado, os aportes da Bossanova mantiveram crescimento contínuo ao longo de seus anos de operação. Em 2015, foram aportados R$1 milhão — no último ano, em 2022, foram quase R$60 milhões. Entre 2017 e 2020, a variação acompanha o mercado global. O crescimento expressivo ocorre entre de 2020 para 2021, quando a gestora passa de R$12 milhões para R$51 milhões investidos e o mercado global mais que dobra seus valores, indo de R$293 bilhões para R$638 bilhões aplicados em soluções inovadoras. Por outro lado, quando este recua para US$415 bilhões em 2022, segundo a CB Insights, os investimentos em early stage da gestora aumentaram em 47,6%.
O mesmo cenário se repete frente aos investimentos brasileiros. A gestora mantém uma média de R$16 milhões aplicados anualmente entre 2016 e 2020 e acompanha o boom de 2021 — quando os US$3.9 bilhões aplicados por fundos brasileiros cresceram para US$11,4 bilhões e seus próprios recursos foram de R$13 milhões para R$51 milhões.
Operações de M&A em Venture Capital continuam em alta
De acordo com dados levantados pela Bossanova, as operações de M&A continuam em alta no Brasil e os múltiplos mantêm retornos interessantes nos últimos quatro anos — foram movimentos US$51 bilhões na modalidade em 2018, atingindo, consecutivamente, nos anos seguintes, os valores de US$ 75 bilhões, US$180 bilhões, US$229 bilhões e US$236 bilhões. Os múltiplos chegaram no ápice de 7,7x em 2021, tendo uma média de 4,9x nos últimos cinco anos. Desde 2013, o setor de tecnologia lidera fusões e aquisições e essa tendência deve seguir pelo ano de 2023.
As estratégias de grandes empresas em ampliar o portfólio de soluções, reforçar pilares de inovação e tecnologia e acelerar a transformação digital fortaleceram o M&A no Brasil. Cada vez mais estão no radar de aquisições startups que cresceram estruturadas e reforçadas por investimentos em suas fases iniciais, aportadas por veículos de venture capital. A modalidade se apresenta como uma alternativa para empreendedores que optam por uma estratégia de crescimento que considera, no médio prazo, uma oferta de fusão ou aquisição, em contramão da lógica dos últimos anos, que vinha sendo a de sucessivas captações por fundos.
Acesse aqui e saiba como você e o Startupi podem se tornar parceiros para impulsionar seus esforços de comunicação. Startupi – Jornalismo para quem lidera a inovação.