Uma fala muito interessante marcou o evento de private equity e venture capital da FGV nesta manhã: o subsecretário de desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia do Estado de São Paulo, Marcos Cintra, se demonstrou bastante entusiasmado com o ecossistema de startups.
Em uma explanação sobre os percalços por quais o PIB brasileiro passa para aumentar de tamanho, Cintra declarou que “o grande desafio é fazer o setor privado abraçar os investimentos que o setor público vêm fazendo no segmento [de startups]”.
Exemplo disso, segundo ele, é o investimento que o Governo Federal tem feito em programas e incubadoras. Nesse aspecto, ele fez um paralelo com Israel, país cujo ecossistema é “o maior laboratório para micro e pequenas empresas de base tecnológica”.
“Não existe uma única incubadora em Israel que seja pública. Todas são privadas, geram e tem o lucro como objetivo”, relatou Cintra ao auditório lotado.
“Isso não impede que o governo israelense faça aportes generosos para essas incubadoras. Mas, aqui no Brasil, as incubadoras são financiadas geralmente e apenas com dinheiro público. Existe uma diferença de visão e de mentalidade, e isso tem que mudar”, declarou.
Essa filosofia do investimento privado sobre incubadoras, ecossistemas inovadores e startups, segundo ele, serve para reflexão acerca dos índices apertados de crescimento do PIB brasileiro.