A internet das coisas ainda está na fase que transita entre conceito e realização – embora as previsões para ela sejam as melhores possíveis.
Claro, aqui cabe um pequeno parêntese explicativo: esse conceito é o que permite interligar objetos corriqueiros – o seu micro-ondas, por exemplo – com a internet. Um exemplo simples: mande um comando pelo 3G ou 4G do celular para o eletrodoméstico esquentar a sopa minutos antes de chegar em casa e, voilà, ela estará pronta quando você chegar. Claro, é o exemplo mais simples, porque não se limita somente a isso.
Na crista dessa onda surfa o pessoal da SmartApps, que me explicou como funciona o serviço – ainda em versão beta e voltado a empresas, contudo.
Os serviços são oferecidos em todo Brasil e tem planos para expansão global. A empresa tem sede na cidade de Itajubá (MG) e escritório em São Paulo.
Conversei um pouco com a diretora de operações Mariana Vasconcelos sobre as perspectivas da startup. Ela toca a empresa junto com o CEO e desenvolvedor José Wilker, o diretor de marketing Raphael Pizzi e o diretor de integração Fabio Mângia.
Em que consiste o serviço que vocês oferecem?
A Smartapps é uma plataforma na nuvem, criada para desenvolver soluções inovadoras como resultado de uma integração inteligente entre dados, dispositivos, sensores e aplicações. A plataforma S.M.A.R.T. ajuda viabilizar a internet das coisas, fornecendo uma maneira fácil de conectar um hardware na nuvem, desenvolver aplicativos e combiná-los em informações úteis, que podem ser usadas por pequenas e médias empresas para melhorar seu negócio.
Qual é o público-alvo de vocês?
O público-alvo da Smartapps são pequenas e médias empresas, principalmente do setor industrial, ambiental, tecnológico e agropecuário.
A startup está em funcionamento?
A Smartapps está em funcionamento com cinco pessoas dedicadas integralmente e 4 em dedicação parcial. Atualmente, a plataforma está em fase beta e o cadastro necessita de autorização prévia. A equipe está focada no desenvolvimento de soluções personalizadas e projetos de cocriação, porém até o final deste ano o cadastro será liberado para todo o público.
Por que esse enfoque?
A ideia existe desde 2010 e vem sendo desenvolvida desde então. O enfoque na Internet das coisas com perspectiva gerencial, surgiu quando percebemos uma limitação muito grande em conectar as coisas do nosso cotidiano (eletrônicos, utilidades domésticas, máquinas industriais, sensores, etc.) na internet de forma rápida e prática e utilizar estes dados de forma útil, principalmente no mundo empresarial. Além disso, os profissionais possuem pouca flexibilidade para trabalhar de qualquer lugar e monitorarem seus resultados e contam com poucas opções que reúnem suas soluções de gestão em um ambiente único.
Qual a facilidade da ferramenta?
Com a Smartapps o profissional passa a acessar um ambiente único, integrado e online que pode ser acessado de qualquer lugar e dispositivo, onde pode escolher aplicativos para gerenciar seu negócio e realizar tarefas diárias de forma prática e com maior flexibilidade. O modelo de cobrança é Pay as You Go, nesse sentido o usuário paga somente os recursos que utilizar.
Além disso, com a nossa API é possível conectar a plataforma ao mundo externo (aplicativos, sites, hardware e tudo que possua conexão com a internet) de forma simplificada, o que incentiva a utilização da internet das coisas.
Qual a vantagem para que as pessoas comprem com vocês e não com outras plataformas e serviços mais difundidos?
O diferencial da Smartapps está na combinação de diversos recursos nativos que permitem uma grande experiência de integração entre arquivos, aplicativos e coisas do nosso cotidiano (Internet das Coisas) na nuvem. Através de um ambiente de trabalho que é personalizado de acordo com as necessidades do cliente, com flexibilidade de expansão.
Ainda, a Smartapps possui uma SDK, que permite que qualquer desenvolvedor crie novos aplicativos para a plataforma, criando novas oportunidades de negócio e aumentando as opções disponíveis para o usuário.
Vocês vão participar do programa Alpha do Web Summit?
Sim, nós fomos uma das Startups brasileiras selecionadas para o programa Alpha, que engloba Startups em fase inicial com alto potencial de crescimento. Nos sentimos muito orgulhosos de poder representar o Brasil no Web Summit, que é destaque na Europa neste ramo. Nós estivemos lá no ano passado como visitantes do evento e percebemos a grandiosidade do evento que reúne as principais referências no universo Startup, além das grandes empresas de TI, investidores e mídia do mundo todo, o que nos motivou a candidatar ao programa Alpha neste ano.