Acabou de subir no palco do Disrupt o primeiro convidado: Chris Dixon. Empreendedor e investidor reconhecido, recentemente mudou de vida aceitando uma posição na gestora de venture capital Andreessen Horowitz, no Vale do Silício – também atua como advisor do Founder Collective. Em entrevista a Eric Eldon (editor do Techcrunch) no palco, ele declarou considerar San Francisco muito similar a NY. Isto soa como uma novidade perante o que nossos investidores comentaram nesta matéria.
Colocações de Dixon
“Uma pessoa falou uma vez – e acho que faz sentido – que se você mapear a cena de tecnologia no Vale do Silício, vai ver que mais ao sul há os produtos de infra-estrutura, e mais ao norte há a Internet de consumo. É como se fosse um stack de computador”, comparou.
“Muita gente fala, mas eu não acho que falta engenheiros ou mão-de-obra técnica, ou qualquer outra coisa – seja no Valley, seja em NY. O que falta é a camada do meio, quando a empresa precisa crescer, expandir de 50 para algumas centenas de funcionários, aí ainda está difícil”.
“Eu investiria em coisas como Paypal. A área financeira vem deixado muita gente da tecnologia louca, porque parece tão atraente e com tanto espaço para inovar, mas quando você vai ver alguns modelos, acabam sendo como fundos de hedge e esbarram em regulamentação”.
“Impressão em 3D vai revolucionar mesmo a manufatura, mas ainda não recebe muito venture capital. Hardware em geral é uma área bastante interessante agora, muitos hackers antes se dedicavam mais a software e agora estão indo para hardware. Em breve, o mundo vai ter 5 bilhões do que antes chamávamos de super-computadores, só que no bolso das pessoas. Computadores de vestir também. Especulo que deva haver várias aplicações interessantes para, por exemplo, um Google Glass”.
“Mobile é desafiador, porque tem tanta curadoria, tanta coisa afetando que se tenha sucesso de verdade. Mas ainda há bastante áreas em que falta dar certo”.
“A coisa mudou de um mundo em que os investidores escolhiam as startups, agora são os empreendedores que querem escolher os investidores que realmente mais vão auxiliar”.