A TotemStore, sobre a qual já falamos por aqui, mudou de nome e agora se chama Wonq. Paralelamente, mudaram também algumas estratégias dentro do modelo de negócios dessa startup, que faz parte da primeira turma de aceleração do Programa Start-Up Brasil e está sob aceleração da Papaya.
Segundo a cofundadora Beatriz Folly me contou, a mudança de nome veio justamente para não entrar em conflito com a loja de roupas femininas Totem. Só que a mudança também veio com uma adaptação significativa à estratégia inicial nos negócios.
“Nossa ideia inicial era fazer uma solução que ajudasse a reduzir o estoque do varejista que comercializa produtos customizados. Hoje a nossa solução é um aplicativo que auxilia o vendedor a proporcionar uma experiência de compra melhor ao consumidor”, contou Beatriz.
“Atualmente, o modelo de negócios é um aluguel mensal da solução. Nossa missão é capacitar empresas de varejo para aproximar os consumidores de seus desejos, integrando a experiência de compra offline com online.”
Essa mudança ocorreu graças às mentorias que a Wonq teve por intermédio da Papaya. “Chegamos à conclusão que essa é a melhor maneira de atuarmos neste momento. Inclusive, a experiência da aceleração tem sido fantástica”, declara ela.
“Trabalhamos em uma atmosfera de colaboração e temos um clima muito amigável com todas as outras startups. Gostamos do programa da Papaya, que é muito coerente com as necessidades de um negócio embrionário e as mentorias tem realmente dado velocidade ao nosso processo de desenvolvimento. Além disso, as pessoas da aceleradora se mostram muito comprometidas em nos fazer crescer, o que é ótimo para a gente.”
Mas, segundo ela, nem tudo são flores no processo de aceleração. “Quanto ao programa da Start-Up Brasil, é uma iniciativa bacana que tornou possível a proliferação de novos negócios provendo recursos que quase sempre são escassos nesse período inicial. A união das bolsas com a presença nas aceleradoras foi muito feliz”, analisa.
“Entretanto, ficamos muitíssimo decepcionados com a morosidade de aprovação das bolsas e dos complexos processos burocráticos que as envolvem. A falta de intuitividade e usabilidade da plataforma Carlos Chagas (que usamos para cadastrar os currículos e solicitar as bolsas) unida com a escassa informação provida pelo CNPQ, colaboraram para que demorasse ainda mais para recebermos as bolsas. Inclusive ainda não consegui que todas elas fossem implementadas.
Mesmo assim, tenho recomendado o programa a alguns amigos empreendedores e ficado disponível para sanar quaisquer dúvidas deles (e são muitas) que eu aprendi sentindo na pele”, declarou ela.
O Startupi procurou o CNPq e o Programa Start-Up Brasil a fim de obtenção de uma resposta quanto a essas críticas, mas não houve resposta até o fechamento desta reportagem.