Nada substitui a amizade. Ontem recebi um press release sobre uma nova startup brasileira, Peixe Urbano, mas não pude dar a devida atenção por estar no Congresso do Livro Digital. Então, enviei para meu colega de Hubit, Diego Gomes publicar no RWWBR (update: que já tinha recebido e estava com o post pronto).
Para nossa sorte, ele fez uma bela apresentação do Peixe Urbano. Para nossa maior sorte ainda, um leitor logo me enviou um email comentando o artigo que ele leu no TechCrunch sobre o Peixe Urbano. Sobrou a mim fazer algo diferente. Então vamos lá, à contextualização.
“Trabalhamos com os melhores estabelecimentos de cada cidade para negociar promoções imbatíveis para os nossos usuários. Essas ofertas ficam disponíveis para compra em nosso site por um curto período de tempo e só são válidas se um número mínimo de pessoas se comprometer a comprá-las”.
Isto explica o produto/serviço oferecido pelo Peixe Urbano, que foi fundado pelo jornalista e consultor Júlio Vasconcelos (blogueiro do Acelerando a inovação) e pelo especialista em desenvolvimento de software Alex Tabor (que aos 13 anos de idade lançou a primeira comunidade gráfica online da Índia, um BBS). Veja a ficha completa deles aqui.
Com apoio da Letícia Leite, profissional de comunicação e marketing, o time acredita que o momento é ideal para ganhar dinheiro com um relacionamento ganha-ganha (bom para todos: anunciantes dos produtos, compradores com desconto e o site, que fica com a comissão).
O funcionamento do Peixe Urbano já está descrito no próprio site, e no RWW – que o posicionou como mais um dos players de compra coletiva no Brasil, como o Compra3. O modelo é local, mediante parcerias com produtos e serviços em capitais brasileiras, e para se beneficiarem dos descontos, os usuários precisam se cadastrar no site.
O que não se tinha dito ainda é que o Peixe Urbano pode ser a resposta para uma pergunta que o TechCrunch fez há algumas semanas, após visitar nosso país: “cópias brasileiras? quais cópias?“. A editora Sarah Lacy estava impressionada com a criatividade e originalidade dos brasileiros – esperava encontrar cópia de startups internacionais de sucesso. Sobre isso, o leitor Yuri Gitahy (investidor da Confrapar e mentor líder na Aceleradora) escreveu: “startups brasileiras: podem copiar, mas evoluam“.
Mas, como diz Silvia Valadares (Microsoft Startups On Line), “startup não precisa inovar, precisa é ganhar dinheiro”. Está lá no TechCrunch: “temos visto algumas startups tentando capitalizar sobre o sucesso do GroupOn” (site norte-americano que recebeu recentemente investimento de 30 milhões de dólares, onde usuários de 45 cidades já fizeram 2,5 milhões de compras coletivas desde 1998, o que diz-se tê-los poupado 117 milhões de dólares). Exemplos de cópias: Snippa, Daily Deal, CityDeal (que, mesmo como “imitação”, recebeu há algumas semanas investimento de 5 milhões de Euros).
O leitor Friedrich Neumann (que trabalha na Alemanha para a norte-americana a Glispa Performance Marketing) comentou por email: “essa é a primeira vez que vejo empreendedores brasileiros copiarem um modelo de negócio ainda novo (mas de sucesso). Quem sabe é a próxima grande startup brasileiro?”. Passo a vez para você que está lendo – contextualizei as informações, agora o papo é de leitor para leitor. Só sei que o mar está para peixe.