* Por Renato Alves
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil teve uma retração de 9,7% no segundo semestre de 2020, em relação aos três primeiros meses do ano. A informação vem ao encontro do que já sabíamos: a crise gerada pelo novo coronavírus afetou de forma significativa a nossa economia.
Em momentos de tensão, as empresas passam a encontrar dificuldades para se manter de pé, demitem funcionários, a renda das famílias é afetada e elas consomem menos, influenciando diretamente na receita das lojas e na diminuição da produção por parte das fábricas e indústrias.
O cenário negativo impulsiona empreendedores a se reinventarem e considerarem a expansão dos negócios a nível internacional. Apesar do mundo todo se encontrar em uma situação semelhante à nossa, algumas nações estão superando os incontáveis desafios impostos pela covid-19 de forma mais efetiva. Contrariando todas as expectativas, até os Estados Unidos, que lideram a lista de países mais afetados pela pandemia em números absolutos, tanto em infecções como em óbitos, abriu 4,8 milhões de vagas de emprego em junho, segundo informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho.
Mesmo com as fronteiras fechadas e as viagens restritas, donos de empresas podem começar algo do zero ou abrir filiais no exterior sem sair do Brasil, já que os processos de abertura de empresas no exterior continuam sendo protocolados normalmente. O mercado americano ainda é o destino preferido dos empreendedores e abrir uma companhia no país é muito simples, sendo necessário apenas um passaporte válido e um comprovante de residência brasileiro. O procedimento é feito via e-mail e a licença para atuar fora é liberada em menos de 30 dias.
A internacionalização, embora valorize o negócio e permita que os empreendedores ganhem em escala, se relacionem com fornecedores locais, ampliem o networking e tenham acesso a uma legislação trabalhista e regras tributárias descomplicadas, não garante a residência no novo país.
Por isso, para que os gestores não cometam erros substanciais durante a transição, contar com o apoio de assessorias especializadas para a elaboração de um minucioso planejamento estratégico, tributário e financeiro é fundamental. Na América, ser transparente desde o início é indispensável para o sucesso da operação.
Especialistas sempre alertam sobre a possibilidade de diversificar nichos de mercado e operar em um país de moeda forte. Se você deseja se precaver das crises, além de fortalecer sua marca, ter uma fonte de receita extra e conquistar novos clientes, chegou a sua hora! É bom lembrar que com empresas e negócios nos dois países é possível trabalhar com câmbio favorável a uma das companhias e diminuir a sazonalidade.
Aproveite esse período de quarentena para determinar qual será o destino da sua empresa e como o seu negócio vai se adaptar ao comércio exterior. O limite de fronteiras não existe e a internacionalização abre as portas da sua instituição para o universo global. O investimento vale a pena e estou à disposição para quem quiser saber mais do assunto.
Renato Alves é diretor de Expansão da Bicalho Consultoria Legal, empresa especializada em migração, internacionalização de negócios e franquias.