* Por Adelmo Nunes
Gestores que possuem um perfil mais prático na hora de gerenciar suas equipes e acompanham de perto seus funcionários, orientando-os sobre tarefas e oferecendo feedback para os trabalhos desenvolvidos, têm mais chances de prosperar. E isso se dá principalmente em companhias de tecnologia intensiva, cujo conhecimento e capital humano estão diretamente relacionados ao desempenho da empresa.
A conclusão tem base científica – vem de um estudo com 100 fundadores de empresas de softwares indianas, liderado por pesquisadores das universidades Fuqua School of Business da Duke University e da Stanford Graduate School of Business (Estados Unidos) – e aponta que o gerenciamento mais próximo do capital humano garante funcionários mais satisfeitos, retenção de talentos, menor risco tecnológico de mercado e desempenho mais assertivo, com expectativas alinhadas e metas compartilhadas.
O estudo chegou a números como 19,6% de queda da rotatividade de funcionários e 20% de diminuição no risco de a empresa falhar. Além do tempo de permanência no mercado, a capacidade de contratação foi outro parâmetro considerado, mostrando aumento nessa taxa.
O alerta está no entendimento da gestão mais próxima que, embora possa ser intensiva, não significa um microgerenciamento, ou excessivo e que represente delegar pouco. Isso, sim, poderia ter um impacto negativo para o crescimento do negócio. A ideia com o acompanhamento dos funcionários, avaliações periódicas, expectativas definidas e marcos compartilhados é de que a equipe entenda os objetivos corporativos e as prioridades da empresa e depois assuma o controle das tarefas e responsabilidades, tomando decisões, inclusive, quando dada essa autonomia.
Adelmo Nunes, contabilista, é diretor da Planned Soluções Empresariais.