A Gavea, startup de comércio digital anunciou recentemente que sua plataforma de comercialização de commodities — produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, alcançou a marca de US$ 2,3 bilhões em ordens de compra e venda, envolvendo aproximadamente 6 milhões de toneladas de produtos. A empresa alcançou este resultado com pouco mais de um ano de operação.
A plataforma funciona como uma bolsa de balcão (OTC), desenvolvida com tecnologia blockchain, que permite aos compradores e vendedores saberem com quem estão negociando na outra ponta sem a necessidade de intermediários, sendo possível rastrear a origem dos produtos e promover um trading — negociação de curto prazo, de forma sustentável e com validações ESG em toda a cadeia de suprimentos.
A startup possui um portfólio amplo de clientes e entre os que mais se destacam, estão grandes players do setor agro, como Amaggi, Agro Amazônia, FS Bioenergia, Inpasa, Gavilon, Lavoro e Cofco. As negociações na bolsa podem ser feitas à vista ou a prazo, com pagamento em reais ou em dólares e geração de contratos 100% digitais sob medida, assinados com certificado ICP-Brasil.
Fundada por Vítor Uchôa Nunes, ex-diretor executivo do BTG Pactual, a Gavea ainda conta com outros dois sócios: Diogo Iafelice, diretor comercial, e Bruno Holtz, que comanda a área de tecnologia. “Estamos contentes com o rápido crescimento da nossa plataforma de negociação, mas acreditamos que ainda temos muito espaço no mercado”, comenta Nunes. “Atualmente, trabalhamos com soja e milho. E, neste ano, devemos expandir para novos produtos e subprodutos. Também estudamos entrar em algodão e trigo até 2023”, diz.
A companhia também anunciou o lançamento do programa de sustentabilidade “GaveaESG”, que visa assegurar a procedência legal dos produtos comercializados e a rastreabilidade das transações. A iniciativa busca promover o controle socioambiental das commodities negociadas, no Brasil e no exterior.