* Por João Kepler
A era da digitalização, sem dúvidas, aproximou o mundo em todos os sentidos. Seja cultural, social ou empresarial. A importância de se fazer presente não só no país de origem fez com que as empresas começassem uma busca pela internacionalização, garantindo não só a expansão dos negócios e faturamento, como a consolidação de uma forma global.
A procura tornou-se tão grande que até mesmo as startups, empresas que ainda estão, teoricamente, em fase inicial, já estão marcando sua presença em diversos países ao mesmo tempo. E muitas vezes o sucesso só é possível quando apostam na técnica de validação local, antes de se aventurar para fora. As fintechs talvez sejam os exemplos mais conhecidos atualmente. Mas empresas como Uber também alcançaram reconhecimento universal ainda nos primeiros anos de vida, em diversos lugares do globo.
A aceleração do mercado de investimentos é um dos grandes responsáveis por essa disseminação internacional das startups. Seus negócios de base tecnológica, fundamental no mundo atual, aliados à capacidade de resolver problemas industriais, varejistas e de qualquer outro mercado de forma ágil e simples, também são fatores que facilitam a expansão das startups para fora de seus países.
Se internacionalizar é hoje sinônimo de sobrevivência no mercado. É atrativo para investidores, se esse for o objetivo; é fundamental para um futuro IPO; e é um diferencial enorme para um possível exit. Além disso, atuar em um outro país possibilita que seu negócio seja visto e reconhecido como referência em seu segmento.
Outro benefício desse movimento é o aumento da representatividade de uma nação no ecossistema mundial de inovação, uma vez que a internacionalização é, hoje, um grande catalisador para o desenvolvimento econômico e tecnológico de uma região, já que promove o aumento da competitividade, o desenvolvimento de novos negócios e a menor dependência da economia local dessas empresas.
Por isso, quanto mais sua startup for conquistando robustez no mercado de origem, mais vale a pena checar e buscar formas de internacionalização. Crie check lists de quais os passos você deve seguir para alcançar o objetivo e busque por profissionais que o ajudem nessa missão.
Grandes oportunidades tendem a surgir em momentos desafiadores, e a internacionalização, mesmo nesse momento do mundo, ainda é uma das melhores saídas. Prova disso é que os investimentos para este tipo de mobilização não pararam, mesmo com as incertezas econômicas geradas pela pandemia. Temos como pano de fundo um mundo cada vez mais dependente de soluções tecnológicas para seguir evoluindo e crescendo. Cabe a você, empreendedor, compreender este cenário e saber tirar o melhor disso. Esse, com certeza, é o caminho a seguir.
João Kepler é diretor na Bossa Nova Investimentos, micro Venture Capital que investe em Startups com atuação em todo território nacional.