A aceleração pode ser o ponto crucial da vida de uma startup e mudar sua história. O SEED é um programa de aceleração de startups do governo de Minas Gerais e segundo Giuliano Bittencourt, da aceleradora, o foco dessa aceleração não é só tornar as empresas selecionadas em sucesso como também –e principalmente– formar empreendedores.
A aceleradora está representada nesta edição da Campus Party por meio de dez startups selecionadas para o Startups & Makers. Essa turma representa os primeiros selecionados do SEED –no total são 40– e devem sair do processo de aceleração em junho deste ano.
De serviços a produtos, uma variedade enorme de negócios de todas as partes do país estão hoje no programa que inclui capital semente de até 80 mil reais, mentorias, espaço de coworking e formação empreendedora. AceitaFone (SP), Beved (MG), Cabe na Mala (RJ), TraktoPro (AL), TEX.DO (SC), Freta.Lá (SP), HowTool (PE), O X da Questão (SP), PackDocs (MG) e Zase CRM Social (MG) são as startups do SEED na Campus Party 2014. Veja aqui alguns dos serviços que elas oferecem:
O Freta.Lá, por exemplo, quer fazer com os fretes o que os aplicativos fizeram com os táxis. Voltado para negócios menores, a empresa ainda não lançou o aplicativo, mas tem como objetivo lançar antes de sair da aceleração do SEED, em junho.
Já a startup X da Questão está no mercado de educação e visa fazer as crianças aprenderem a tabuada de maneira divertida por meio de jogos de tabuleiro. O jogo, desenvolvido por Hermenegildo Garcia, 86, surgiu quando o senhor que já foi de marceneiro a vereador, notou que as crianças saíam da escola sem saber a tabuada. Já com os jogos sendo produzidos e a busca de parcerias no mundo inteiro (afinal a tabuada é universal), o jogo será lançado oficialmente em maio e conta ainda com um tabuleiro de realidade aumentada em que, com o auxílio de um aplicativo, um boneco 3D aparece no smartphone e interage com o jogador a medida que ele acerta e erra no jogo. Seu filho e sócio, Fábio Garcia, junto com o terceiro sócio da empresa, Guilherme Zatto, criou uma versão de papel do jogo, para facilitar comercialização.
Outro projeto na área de educação é o Beved, um market place de aulas que já funciona há um ano e meio e consiste numa plataforma que vende aulas online. Inicialmente, a empresa vendia cursos diversos presenciais (e ainda trabalha com eles), mas hoje o carro-chefe da startup são cursos pela internet, onde o aluno baixa os vídeos e pode assistir a aula quando lhe for mais conveniente. A plataforma também é interativa e permite enviar dúvidas para o professor. O Beved oferece cursos diversos, tendo curso de programação, passando por roteiro de cinema, até um de técnicas de stand-up comedy.
A Packdocs dos sócios Sandro de Almeida e Jeferson dos Santos (foto em destaque), que desenvolveram uma rede social, definida por eles como “um Twitter de arquivos”. Eles baseiam a plataforma num conceito de mochilas como forma de organizar ideias. Você acumula mochilas, define as que serão públicas e as que serão voltadas para um grupo específico de pessoas e a partir daí começa a interação.
A rede tem foco em educação. Almeida e Santos são professores de computação em Belo Horizonte e acham que a plataforma seria muito útil na sala de aula. A Packdocs já tem mais de dois mil usuários e eles têm o objetivo de crescer 5% ao mês.
De outro lado, a tex.do vende marketing de conteúdo. De Florianópolis, a empresa junta redatores especialistas em temas específicos para atender empresas de diversas áreas. Eles produzem conteúdos de marketing para a empresa e recebem avaliações dos clientes –caso insatisfeito, ele pode trocar de redator.
Segundo Emília Chagas, cofundadora da tex.do, a importância do SEED mesmo em uma empresa já firmada e com clientes como a dela (no total, a tex.do têm 40 clientes ativos) ajuda a validar novas estratégias que seriam impossíveis fora, seja por falta de mentoria e orientação, até pela falta de dinheiro, evidentemente.