“Meu pai é meio louco, puxei a ele”, justifica o jovem Benarrós sobre seu período de 5 anos na Europa (muito antes de ele ser o CEO de uma startup que recebeu mais de R$ 2 milhões em investimento). O pai dele tinha ido cursar PhD em Matemática Espacial na Itália e a família foi junto. Isso foi antes de ele ter voltado ao Brasil e concluído o Ensino Médio em dois anos. Meio nerd, só que no ano seguinte frequentou a sala de aula como visitante só para bagunçar.
Ainda no segundo ano, ele resolveu fazer vestibular e foi aí que a trajetória dele começou a ficar menos previsível. “Minha mãe determinou que ia ser Medicina – e até hoje ela pergunta se já abri consultório”, comenta sobre a mãe, que é psicóloga, e sobre o primeiro curso que ele decidiu seguir. “Também passei para Direito, competi em Olimpíadas de Física, participei de simulações das Nações Unidas, mas nada disso eu sentia que era vocação”.
Um dia, um padrinho dele o sugeriu (salvou?): procure uma universidade norte-americana e decida sua graduação apenas no segundo ano. Isto convenceu Gabriel, que ainda não sabia o que queria da vida (e, vamos combinar: isto é normal). Algum tempo depois, ele estava estudando em Stanford, no Vale do Silício – “fui parar lá por um completo acaso, dei muita sorte” – onde se graduou Economista Comportamental e depois ingressou em um programa de Mestrado focado em empreendedorismo e inovação, combinando técnica e negócios.
Este Mestrado ele ainda não concluiu, pois voltou ao Brasil para tocar de verdade a atividade que nasceu extra-classe, virou trabalho de classe e estudo de caso em uma aula de Steve Blank: a Ingresse.com.br. Assista no vídeo ao Gabriel Benarrós explicar como a sua trajetória quase errante e o nascimento não-planejado da Ingresse foram aproveitados no estabelecimento de uma empresa que está num passo firme e, aparentemente, certeiro.
Em tempo: serendipity.