O empreendedor Alexandre Veiga, conhecido como Bio Veiga, anunciou hoje que captou uma rodada de investimento para sua nova empresa de moda, a Basico. Com experiência prévia como diretor operacional na GlossyBox Brazil e como CEO na Wimdu para América do Sul e Central, a posta agora é em atender de verdade as necessidades de homens e mulheres que querem se vestir com conforto, qualidade e simplicidade.
Para reforçar sua estrutura, juntam-se a ele a Initial Capital (de Daniel Cunha e Roi Carthy) e o investidor Guilherme Soarez, antigo executivo sênior da C&A no Brasil (entre outras experiências com negócios), investindo juntos um total de 1 milhão de Reais. “Sentimos que há uma oportunidade de trazer produtos de qualidade com uma experiência de marca. Também, nossa experiência prévia com a GlamBox conta pontos”, posicionou Roi. Sendo transparente: a Initial Capital é uma das investidoras do Startupi.
Mas, o Basico é apenas uma loja multi-marcas com curadoria de qualidade? Fábrica eles não terão, mas os produtos são autorais. Falei com Alexandre ao telefone e ele explicou: “Nossa produção por enquanto nossa produção está toda no Peru pois nosso foco é 100% algodão e lá nascem dois dos melhores tipos de algodão do mundo, o Pima e o Tanguis. Em breve exploraremos outras fibras orgânicas de alta qualidade de alguns outros países.
Controlamos o processo de ponta a ponta, desde a escolha do algodão que fará o fio que virará o tecido nós participamos e garantimos a procedência e qualidade de cada um dos materiais. O design é 100% nosso, testado exaustivamente até chegar ao melhor fiting para o corpo brasileiro do nosso target (e é importante dizer isso: marcas importadas normalmente estão adaptadas ao corpo de seu país de origem)”.
O site vai estar disponível em breve para os clientes pré-cadastrados fazerem seus pedidos. Inicialmente, vai ser um varejo online que depois, conforme as preferências dos clientes, pode evoluir seu modelo para, por exemplo, pacotes ou assinatura. “Não vamos impor nenhum produto ou modelo de vendas, vamos é ouvir nossos clientes e entregar o que eles precisam. Não focamos em quem quer estar na última moda, mas em quem quer um produto básico de boa qualidade”. Inicialmente, eles vão oferecer camisetas, mas logo haverá roupa íntima e a meta é ter roupas “dos pés à cabeça”.
A empresa já conta com sete pessoas, incluindo uma designer de moda, e conta com a expertise do investidor que veio deste mercado. “O Guilherme conhece bem a dinâmica deste mercado, desde os fornecedores com a qualidade certa, até a forma de posicionar o produto. Falamos diariamente e ele vem sendo muito importante para nós”, aponta Alexandre.
O mercado parece estar favorável. Em 2012, brasileiros gastaram 12,2 bilhões de dólares no varejo online e moda foi a terceira categoria que mais vendeu online no ano passado, chegando a 1,3 bilhão de dólares.