John Lennon já perguntava: “então é Natal, e o que você fez?”. Esta matéria não é sobre ele, mas tem a ver com uma empresa que surgiu para dar pontuação, conversível em brindes, para quem acertar perguntas em um grande quiz, que inclui categorias variadas como de entretenimento, tecnologia e geografia.
Nesta matéria, o empreendedor de tecnologia e inovação Samir Iásbeck conta como surgiu a Qranio, startup que ele dirige com os sócios Giancarlos Wallyce Silva Menezes e Flávio Augusto, mais a participação do empreendedor e agora investidor investidor anjo Gui Affonso (que já foi personagem nesta matéria).
Então, conheça a trajetória da Qranio, veja como eles chegaram a ser acelerados pela Wayra, fechar um contrato importante com a Movile e recentemente também uma parceria com a Pepsico. E mais do que isso: em final de ano costuma-se refletir o que foi feito e o que se pretende fazer no próximo, então envie também a história da sua startup, qual foi a sua trajetória para chegar até aqui?
Com vocês, Samir.
“O Qranio nasceu comigo quando eu nasci, em 1981. Eu apenas não sabia, mas com o tempo eu enxerguei. Na família a gente tem um lado forte de empreendedorismo e comercial, também o lado de conhecimento, dos estudos e da inovação. Meu pai tem negócios na área de engenharia ambiental, minha mãe é psicanalista, meu avô tinha fábrica de calçados, de roupas, clube desportivo. Cresci no meio desta busca, foi uma infância bastante consctrutiva neste sentido.
Em 2003 eu tive a ideia mais clara de tornar o aprendizado mais divertido por meio de uma plataforma, e já vi que dependeria de muita energia e de dinheiro. Fiz uma coisa diferente, usei a empresa onde eu trabalhava e era sócio, a eMiolo, e criei em 2004 um quiz na Internet. Não basta uma ideia boa e uma proposta de valor, é necessário viabilizar. Tive uma validação de que as pessoas realmente tem um engajamento com quiz. Continuei focado na minha fábrica de software para formar uma boa estrutura financeira. Em setembro 2010 eu e minha noiva estudamos um Plano de Negócio para o Qranio. Estudamos social games, compras coletivas e outros, para ver como construir um modelo consistente para o Qranio.
Em fevereiro de 2011 o Plano estava bem definido, procurei um investidor, tivemos umas reuniões, mas ninguém colocaria dinheiro suficiente numa ideia. Como a mudança seria grande em relação ao que eu já tinha, tive de primeiro fazer todas essas mudanças e aí sim que surgiu o Qranio como é hoje.
Aí chamei como co-fundador o Gian (Giancarlos Wallyce Silva Menezes), que trabalhava na minha fábrica de software, ficou em tempo integral no projeto. Aí buscamos o Flávio (Flávio Augusto) para cuidar da interface, e ele depois também virou sócio. Seguimos trabalhando, já tínhamos 2 mil usuários e os parceiros de prêmios, estava tudo funcionando. Desde abril do ano passado nos separamos da eMiolo, deixei minha sócia cuidando lá. Temos dedicação exclusiva.
Confira uma entrevista em vídeo com Ian Farias, líder comercial da Qranio.
Voltando à história da Qranio, com Samir:
“Ficamos como finalistas no processo da aceleradora Wayra em novembro, mas não fomos selecionados. Ficamos muito chateados mas isso foi muito importante. Coloquei 12 pessoas trabalhando porque acreditava na startup a ponto de investir. Aí fui convidado para concorrer na atividade que teve na Campus Party, competi com mais de 200 startups e acabamos conquistando 98% dos votos dos participantes do evento! Ainda não tinha direito a receber o investimento e fazer parte da aceleradora deles, mas fui para o Vale do Silício, como prêmio. E daí acabei participando via conferência em uma seleção da Wayra na Espanha, apresentei o Qranio, e só daí fomos selecionados.
Daí eu vim pra Wayra em São Paulo, deixei todo mundo em Juiz de Fora, fiz vários negócios aqui, maximizei a plataforma, apareci na mídia. Depois conquistamos um contrato ed publisher com a Movile, que distribui nosso aplicativo. Também recebemos um investimento anjo muito bom, do Gui Affonso, e agora recentemente fomos selecionados pela PepsiCo para desenvolver uma solução em parceria. Mas não posso falar o que vai acontecer quanto a isso!
Eu gosto é de fazer as coisas. Quando criança eu cheguei a vender picolé, porque gostava de estar fazendo alguma coisa. Eu realmente invisto em fazer as coisas. Tanto que parei de trabalhar na minha empresa de software, que dá dinheiro, e investi uma bela quantia do meu dinheiro para criar o Qranio. Esta é a trajetória de empreendedorismo inovador com tecnologia do Qranio! Tudo que aconteceu de determinante para nós aconteceu neste período! O boom vem de uma vez, mas o plantio é permanente.
Daqui para frente
Estamos em negociações avançadas no setor bancário, para trabalhar forte na educação financeira. Também pretendemos maximizar os usuários da plataforma e maximizar a receita. Também queremos começar a operar nos Estados Unidos, onde a cultura é muito mais receptiva para quiz. Em breve também sai nosso novo aplicativo para iPhone, com novidades”.
E você? E a sua startup? Envie sua história para publicarmos!