O Criatec, fundo para micro e pequenas empresas inovadoras desenvolvido pelo BNDES, encerrou este mês de novembro seu período de investimento. As metas estabelecidas para os quatro primeiros anos foram alcançadas e, com isso, 36 empresas nascentes de variados setores e regiões do País acessaram o capital semente.
Em conformidade com o planejamento original, a partir do próximo mês terá início o ciclo de desinvestimento, com duração prevista até novembro de 2017. Nessa fase, a preocupação dos gestores do Criatec se deslocará da prospecção de empresas para a aceleração dos negócios.
O patrimônio comprometido do Fundo é de R$ 100 milhões, 80% subscritos pelo BNDES e 20% pelo BNB, sendo que, por estratégia de construção do portfólio, parcela desses recursos (R$ 20 milhões) foi reservada para a efetivação de novos aportes em empresas já investidas. Assim, além do aporte inicial de até R$ 1,5 milhão, as companhias que estiverem com desempenho acima da média poderão receber, na fase de aceleração, novos investimentos até o teto de R$ 3,5 milhões.
Capital semente – O Criatec é uma bem-sucedida iniciativa do BNDES envolvendo capital semente. A atuação do Banco nesse nicho é fundamental, tendo em vista a preferência dos investidores privados por fundos de menor risco, como os de venture capital e private equity.
Diversos fatores explicam o êxito da iniciativa em sua primeira etapa. A bem desenhada estrutura de governança é um deles. A administração foi entregue a um gestor nacional, o consórcio Antera-Inseed, que, por contrato, selecionou gestores regionais nos Estados de atuação do fundo: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Pará.
Tais gestores foram selecionados nos próprios sistemas locais de inovação. A estratégia de construção do portfólio, por sua vez, seguiu diretrizes bastante claras no sentido de garantir a distribuição do investimento em termos regionais, setoriais e por estágio de crescimento das empresas.
Para atender a essa última exigência, as companhias foram classificadas em quatro categorias: prova de conceito (sem faturamento), decolagem (faturamento anual de até R$ 1,5 milhão), expansão (faturamento anual entre R$ 1,5 e R$ 4,5 milhões) e late seed (faturamento anual entre R$ 4,5 e 6 milhões).
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