Estive nesta Segunda-feira em Belo Horizonte (MG) onde pude conhecer o projeto Teia MG, projeto do governo de MG e que mistura coisas como colaboração da multidão em tarefas distribuÃdas (crowdsourcing) com scrum, internet e capacitação.
O Teia pega requisições de clientes e repassa a seus agentes, colaboradores que possuam acesso a um computador, para que executem uma tarefa, quase sempre ligada à interweb . Todo o valor pago pelo cliente é repassado ao agente (descontando-se impostos e outros encargos) de forma que o Teia seja um intermediário em um crowdsourcing promovido pelo governo estadual.
O Teia é um projeto da Sectes, secretaria do governo que cuida de tecnologia e foi criado há seis meses. Neste meio tempo já teve cerca de 150 demandas de clientes finalizadas. A rede de agentes conta com mais de 900 pessoas. O Teia conta com apoio operacional do Peabirus, startup que possui entre outros produtos o Web 2.0 Fácil, já falado aqui. Aliás parte do que o Teia faz é reflexo do que o pessoal da Peabirus promove que é ensinar a pescar no que tange à atual fase da web.
Uma das grandes tarefas que estão sendo realizadas por todos esses agentes foi a configuração de contas de e-mail do Google Apps para as 853 prefeituras de MG em um total de quase 90 mil endereços eletrônicos. O processo, usando colaboração distribuída chama-se rede IntegraMinas.
Google Apps Education Edition
O propósito da visita à BH era assistir a uma palestra do “pai da internet” Vint Cerf, hoje vice-presidente mundial da Google e também poder discutir com representantes do governo mineiro o acordo assinado com o Google para uso dos seus aplicativos na área de educação do governo. Esse acordo disponibilizará o GoogleApps Education Edition para os 2,5 milhões de alunos e 165 mil professores da rede pública estadual.
Eu como defensor da tal da “computação na nuvem”, acho a iniciativa inédita do governo de MG muito interessante. É interessante saber, porém, que ao mesmo tempo que Minas Gerais inova em tecnologia, internet e web no Brasil, o Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) insiste em não modificar o Projeto de Lei que, por ser mal escrito, criminaliza praticamente todos os usuários da grande rede no Brasil.