Isto é algo interessante. Na sexta-feira fui à Microsoft a convite do Galileu Vieira, Gerente de Novas Tecnologias, para conhecer o Microsoft SOL, sigla que significa Startups On-Line. Lá fora o nome usado é BizSpark. A idéia do programa é diminuir a barreira de entrada de pequenos empreendedores no mercado de software.
Conversei com a Sílvia Valadares, recém-chegada a São Paulo e que cuida exclusivamente do SOL e já trabalhou no Porto Digital . O programa oferece para as startups elegíveis, licenças gratuitas de praticamente todos os softwares da gigante de Redmond, suporte na rede MSDN, além de visibilidade para investidores e instituições que estimulam novos negócios como o Sebrae , Endeavor e o Porto Digital.
Para se eleger não há muitos requisitos complicados. É necessário ser uma empresa de software com até 3 anos de idade e faturamento inferior a R$ 1,2 milhão. Perguntei se existe algum problema da startup trabalhar com software open-source. A resposta foi que não existe qualquer impedimento, estamos falando de um programa de novas tecnologias da Microsoft, que transita pelos diversos meios sem qualquer problema.
No Brasil o programa se estende com treinamentos presenciais tanto técnicos quando de negócios e também “mentoring”. Deste funil algumas startups serão escolhidas para apresentarem-se no programa mundial do Microsoft SOL/ BizSpark.
A motivação da Microsoft
A ideia de incentivar startups é interessante. A Microsoft surgiu mais ou menos no meio desta cultura. Ao reduzir as barreiras de entrada, a gigante de Redmond volta às origens incentivando novas ideias. Ou não.
Alguns enxergam essa iniciativa como uma ameaça ao open-source. Startups geralmente começam sem muito capital para investir e acabam indo em direção a soluções open-source. O Microsoft SOL pode ser uma forma de tentar mudar esta tendência. Ou não.
De qualquer forma é uma iniciativa louvável. Começou mundialmente no mês passado e já tem no Brasil cerca de 100 empresas cadastradas. Seja qual for a motivação o resultado é positivo.