Nove campuseiros foram premiados em concursos da Telefônica Vivo no encerramento da da Campus Party Brasil 7, no último sábado (01). No hackathon de “Internet of Things”, destacaram-se seis aplicativos criados a fim de promover o conceito de Internet das Coisas – sendo três na categoria principal e três na categoria Firefox OS. Houve também mais dois premiados no hackathon de segurança e um vencedor do desafio da Wayra, aceleradora de startups do Grupo Telefônica.
Ao todo, mais de 100 desenvolvedores se inscreveram para o hackathon de “Internet of Things”, entre os quais 60 foram selecionadas por ordem de inscrição. Cada grupo participante recebeu gratuitamente um kit de desenvolvimento com ambiente completo para a construção de aplicativos nessa área – que consistiu num hardware com sensores (luminosidade, umidade, temperatura, contato e ruído) para captura de dados em tempo real, acesso à nuvem de IoT da Telefônica e um software para criação de aplicativos definidos pelo desenvolvedor. As equipes também puderam participar de workshops sobre o sistema e receberam suporte durante todos os dias de evento. Os requisitos para a escolha dos vencedores foram sustentabilidade, criatividade e usabilidade.
Na categoria principal, o projeto Soluções de Cisternas, dos jovens Daniel Ribeiro e Thalis Antunes de Souza, ganhou o primeiro lugar. O aplicativo indica se as cisternas estão cheias ou vazias em tempo real. Também mostra a temperatura e a luminosidade para verificar se elas estão em um lugar adequado e fechadas.
O segundo lugar ficou com Ricardo Diogo Brochini, com a solução Cidade Segura, app para bicicletas com sensores de pressão para detectar arrombamento de cadeado. Em caso de arrombamento, é enviado um alerta para o usuário e sensores de umidade e luz indicam se a bicicleta está em lugar adequado.
Icaro Ramires Costa de Souza e Yuri Silva, ambos da Bahia, ganharam o terceiro lugar com o aplicativo Fox Parking, solução de estacionamentos com sensores de luz e pressão indicando os carros estacionados. Com integração de pagamento pelo Paypal, os veículos são cobrados por minuto de estacionamento.
Os desenvolvedores que ficaram em primeiro lugar foram premiados com um tablet Samsung Galaxy Tab 7.0 16Gb e um Kit de Desenvolvimento Telefônica Vivo com Intel Galileo; o segundo recebeu um curso da Br New Tech e um Kit de Desenvolvimento Telefônica Vivo com Intel Galileo; já os desenvolvedores do terceiro projeto ganharam um Kit de Desenvolvimento Telefônica Vivo com Intel Galileo. Os prêmios foram entregues por Jacques Chicourel, gerente de Inovação da Telefônica Vivo.
Já na categoria Firefox OS, o primeiro lugar ficou com André Natal, do app Chatter Thing, em que o usuário pergunta via voz pelo telefone celular a temperatura do ambiente e o aplicativo responde via mensagem de texto; ele foi premiado com um smartphone LG Fireweb. O segundo lugar ficou com Luckas Farias, que “hackeou” a placa (do kit de desenvolvimento), criando uma aplicação com o sensor de luminosidade; e o terceiro, com Christian Nicolas, pelo app de votação em tempo real. Ambos ganharam kits da LG, que continham brindes especiais.
De olho na segurança
Com foco em segurança na Internet, a Telefônica Vivo promoveu também um segundo hackathon, com o objetivo de gerar novas aplicações utilizando a API de Latch, uma ferramenta gratuita da Eleven Path, empresa do Grupo Telefônica. O mecanismo funciona como uma trava de aplicações que pode ser habilitada ou desabilitada pelo usuário, por meio da qual é possível, por exemplo, ativar ou desativar a chave de ignição de um carro ou habilitar funcionalidades de telefones e tablets de outras pessoas.
O desafio para os desenvolvedores neste hackathon foi criar aplicações para Cyber Security. Dois apps foram premiados: o primeiro lugar, que ganhou um notebook Dell Alienware, ficou com Marian Moldovan, pela solução que controla, em uma Raspberry Pi ou Ubuntu, os acessos à internet com TOR quando o Latch estiver habilitado. Já o segundo colocado foi Adriel Café, que ganhou um tablet, pelo aplicativo que possibilita controlar o acesso às redes sociais em um equipamento quando emprestado para terceiros.
Wayra Contest
A aceleradora global do Grupo Telefônica também aproveitou a Campus Party para selecionar projetos inovadores. Durante o evento, foi promovido o Wayra Contest, desafio de empreendedorismo destinado aos campuseiros com ênfase em negócios ou aplicativos tecnológicos.
Foram mais de 40 interessados desde o início do evento. O projeto vencedor, dos mineiros Jeferson dos Anjos e Sandro Jerônimo de Almeida, foi a Packdoc, também anunciada em cerimônia neste sábado (1º). A startup, especializada em gestão de conhecimento, oferece serviço semelhante ao DropBox e Google Drive, mas com um diferencial: ajuda na organização dos arquivos, além de permitir compartilhamento via feed, como uma espécie de rede social de documentos. O prêmio foi entregue por Carlos Pessoa, diretor da Wayra Brasil.
Como prêmio, a ideia vencedora estará presente na final da convocatória global da Wayra e terá uma semana de mentoria na Academia Wayra Brasil. A aceleradora já investiu em mais de 20 startups no Brasil e tem oferecido suporte a dezenas de empreendedores em seu espaço, em São Paulo.