Esta quinta-feira marca o início de uma nova era para a Bossanova Investimentos. Hoje, em evento para o portfólio da Venture Capital, investidores e parceiros, a Bossa anuncia Paulo Tomazela como novo CEO. O movimento representa uma mudança crucial em sua direção estratégica, que inclui uma ampla iniciativa de rebranding.
Fundada por João Kepler, a empresa de investimentos tem sido um ator proeminente no cenário brasileiro de capital de risco, com foco no desenvolvimento de startups em estágios iniciais. Com a empresa pronta para sua próxima fase de crescimento, João Kepler fará a transição de seu cargo de CEO para Chief Visionary Officer (CVO), enquanto Paulo Tomazela, um veterano da indústria com um histórico impressionante, assume a posição de CEO. Além disso, a empresa adotará um novo nome, “Bossa Invest,” simbolizando sua visão renovada e compromisso com a inovação.
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Além disso, a Bossa anuncia outras novidades: a Clubb.vc, uma plataforma de educação, informação e investimento para ampliar o conhecimento sobre Venture Capital; uma área de Dados & Reports para trazer mais qualidade, assertividade e tendências; e mudanças na gestão do relacionamento com os coinvestidores e startups investidas, incluindo novo app de acompanhamento dos investimentos, plataforma de mentoria e aceleração das startups, gerando mais valor para toda a rede e fortalecendo a missão de tornar o ecossistema da empresa ainda mais interligado.
Em uma entrevista exclusiva ao Startupi, João explicou as razões por trás dessas movimentações estratégicas. “O que nos trouxe até aqui não necessariamente nos levará aos próximos três anos. Precisamos implementar mudanças estratégicas para os anos que virão,” observa João. Ele refletiu sobre as conquistas da empresa, que incluem foco em investimentos em estágios iniciais, a expansão de sua rede de empreendedores e investidores e o estabelecimento de um ecossistema próspero. Essas realizações culminaram em atingir o marco de investir em mais de 1000 startups desde sua fundação.
No entanto, como Kepler enfatizou, a próxima fase da empresa requer uma abordagem diferente, o que levou à escolha de um novo CEO. “Planejamos os próximos três anos visando alcançar o marco do IPO na Nasdaq. Durante esse período, precisamos implementar processos de gestão eficazes e estrutura. É aí que entra Paulo Tomazela, com sua experiência adquirida em empresas como Fiat e KPTL,” afirma. Kepler, por sua vez, continuará contribuindo como CVO, concentrando-se em construir relacionamentos com empreendedores e investidores.
Paulo Tomazela é o novo CEO da Bossa
Paulo Tomazela, que traz uma vasta experiência em capital de risco e liderança corporativa, expressou sua empolgação com o futuro da Bossa Invest. “Quando soube sobre a reestruturação, fez todo o sentido participar. Consolidar o que a Bossa conquistou até agora e combinar isso com minha experiência no mercado de VC é uma oportunidade fascinante,” afirma. Ele destacou a importância da estabilidade e estrutura à medida que a empresa migra de um “jato” para um “Boeing,” visando atender tanto pequenos quanto grandes investidores com políticas de conformidade diferenciadas.
Refletindo sobre a transformação, Paulo compartilhou suas observações sobre o cenário em evolução das startups. “A mentalidade empreendedora está mudando, e gosto de acreditar que estou contribuindo para mudar a mentalidade dos jovens, fazendo-os perceber que o empreendedorismo é uma opção viável,” declara.
A visão de João Kepler para a empresa após o IPO carrega um ethos democrático único. “Meu sonho após o IPO é distribuir a propriedade da Bossa para todas as partes interessadas: funcionários, empreendedores, equipe das startups e investidores. Quero milhares de parceiros, criando um incrível senso de comunidade em um ecossistema que ainda não foi estabelecido no Brasil”, garante.
Com essas mudanças programadas para entrar em vigor amanhã, 1 de setembro de 2023, a Bossa Invest embarca em uma nova jornada, mesclando sua sólida trajetória com uma nova liderança dinâmica e uma identidade de marca repensada. O cenário brasileiro de capital de risco testemunha uma transformação que deverá moldar a trajetória da indústria nos próximos anos. E, em breve, também na Nasdaq.
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