Cerca de 150 empresários, estudantes e advogados participaram no último dia 26, da primeira edição do Legal Connections, evento que veio para aproximar startups jurídicas, advogados, departamentos e escritórios de advocacia realizado na Órbi Conecta. Além disso, a noite belorizontina também contou com inauguração do Capítulo Local da AB2L (Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs).
O evento começou com um Happy Hour acompanhado de chopp Heineken para quebrar o gelo e aquecer o networking entre os participantes. Em seguida, foi a vez das mulheres: Sarah Dutra, sócia e gestora de projetos do Juris Correspondente, e Anna Martins, cofundadora do Órbi, abriram os debates falando sobre inovação e diversidade.
“Vemos empresas dizendo que estão construindo uma ‘inovação disruptiva’, mas o que isso realmente significa? Eu acredito que não existe inovação sem que a gente pense na mudança que algo provoca em relação ao outro. Inovação pressupõe alteridade. E o que é a advocacia se não uma atividade em que precisamos lidar com o interesse alheio a todo momento?”, disse Sarah Dutra em seu discurso de abertura.
Devido uma tragédia pessoal, o empreendedor belorizontino e cofundador da instituição e CEO do Juris Correspondente e do Dubbio, Tomaz Chaves não pôde comparecer ao Legal Connections, onde participaria do lançamento do Capítulo Local da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs – AB2L. No entanto, seu esforço na criação da AB2L e de duas das mais importantes startups jurídicas do país não passou em vão, com Sarah Dutra puxando uma longa salva de palmas ao empresário. No lugar de Tomaz, coube à Paula Figueiredo, da Comissão de Startups da OAB/MG, comandar a cerimônia.
No segundo bloco do evento, Christiano Xavier, da Future Law, falou sobre inovação inovação no mundo jurídico. Xavier atuou por anos na Localiza, que reduziu seus custos internalizando a gestão de seus processos jurídicos ao contratar advogados próprios. Hoje no comando da Future Law, que ministra cursos para advogados que abordam temas muito atuais como design thinking e blockchain, Xavier declarou que a tendência do futuro é que haja cada vez menos litígios e mais soluções de conflitos entre as partes.
A terceira parte do evento foi recheada de debates, moderados por Guilherme Freitas, da MRV. O primeiro abordou o universo dos departamentos jurídicos de grandes empresas, seguido pelo panorama dos escritórios de advocacia.
O encerramento foi com a apresentação do radar de lawtechs de Minas Gerais, com a participação de Roberto Novaes, do escritório Marcelo Tostes e do Nerd – Núcleo de Empreendedorismo em Direito da UFMG. Novaes identificou que existem 18 legaltechs em todo o estado de Minas Gerais, prontas para atender o meio jurídico. Ele também diz acreditar que os escritórios que não se abrirem para as inovações proporcionadas pelas lawtechs correm o risco de ficar para trás, embora tenha pontuado que muitas destas empresas ainda são imaturas para fornecer soluções para os grandes escritórios.
No comments yet. You should be kind and add one!
Our apologies, you must be logged in to post a comment.