Exclusivo: A Associação Brasileira de Lawtechs & Legatechs apresentou esta semana a primeira pesquisa sobre o cenário nacional destas startups. Estas empresas, segundo definição da instituição, são startups que desenvolvem produtos e serviços com base em tecnologia para atender demandas de cunho jurídico.
De acordo com os dados levantados pela Associação, há 30 lawtechs hoje no Brasil. Suas atividades se dividem entre: Mineração de dados e big data; Acordos e resolução de disputas; Jurimetria; Gestão de escritórios e/ou processos internos; Marketplaces de serviços jurídicos; Sistematização ou automatização de contratos; Robôs para preenchimento automático de documentos; Registros e serviços de obtenção de documentos, Pesquisa de base de dados, entre outros.
O objetivo da pesquisa da AB2L foi obter mais informações sobre como o mercado jurídico se relaciona com tecnologia, para assim entender melhor o mercado consumidor dos produtos e serviços das lawtechs.
Demandas
A maior demanda das empresas atualmente é por questões tradicionais do mercado já supridas por diversas ferramentas e que envolvem pouca novidade ou invenção, como monitoramento legislativo, clipping de notícias, monitoramento de ações e monitoramento de jurisprudência.
Sobre o uso de tecnologia, 37% dos advogados participantes da pesquisa consideram que o escritório/empresa onde trabalham não utiliza ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento dos trabalhos do advogado. Entretanto, 88% dos participantes consideram que o escritório/empresa onde trabalham pretende utilizar ferramentas de lawtechs no futuro próximo para auxiliar os trabalhos dos advogados.
A maior parte dos advogados (68%) entende, no entanto, que os escritórios/empresas necessitam de produtos e/ou serviços customizados, o que pode dificultar a criação de modelos de negócio escaláveis pelas Lawtechs.
Ineficiências
Durante a pesquisa, algumas ineficiências a serem resolvidas foram idenficidadas. Entre elas estão:
Análises
- Análise de dados do negócio
- Big data dos clientes
- Organização de entendimentos jurisprudenciais
Padronização
- Uniformização de entendimentos dos advogados do escritório
- Padronização de documentos e contratos
Gestão e Financeiro
- Digitalização de arquivos
- Time sheet
- Gestão de prazos
- Rentabilidade e produtividade
- Controle de processos e atividades internas
Custo
- Falta de incentivo financeiro para que advogados em níveis inferiores adotem tecnologia
Contratos
- Automatização de contratos
- Auditoria jurídica
Contencioso
- Pesquisa jurisprudencial
- Gestão de demandas judiciais e administrativas
- Atualização automática de processos
Integração
- Integração de time sheet com sistema financeiro
- Integração de informações
- Acesso a modelos e atualização de documentos gerados por cada uma das unidades
Para isso, muitos escritórios já estão buscando soluções. Alguns deles iniciaram projetos que não foram concluídos e poucos já estão implementando soluções. Alguns escritórios indicam não terem encontrado ainda nenhuma solução para seus problemas e 95% dos escritórios de advocacia estão abertos a adoção de tecnologia para resolverem seus problemas.
Para saber mais sobre a Associação, acesse aqui. Para conhecer melhor o universo das lawtechs, acesse aqui.
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