* Por João Kepler
Angel Summit Americas, Miami – O Angel Summit é um evento que reúne os grupos de Investidores Anjo da maioria dos países das Américas e os maiores Investidores Anjo do mercado. O objetivo é traçar o futuro do investimento Anjo em startups nos países que compõem nossa região.
A ideia central do evento foi compartilhar experiências entre os Grupos de Investidores Anjo e as comunidades de diferentes países no sentido de eliminar o problema de “acesso a capital” e ampliar o potencial para entrada de novos investidores em startups. Na verdade é um ambiente propício para descobrir as melhores práticas, fazer conexões e parcerias, e é o que estou buscando neste evento!
Alguns brasileiros fazem parte deste evento como a Bed Yang, representando a 500 startups, o Pedro Sorrentino representando a FundersClub e eu representando a Anjos do Brasil e a Plataforma DealMatch.
No primeiro dia tivemos a abertura no auditório principal com um incrível painel “A empresa de um bilhão pode vim de qualquer País” em uma abordagem que mostrou as chances e o desafios além do Silicon Valley. A Adriana Cisneiros, do Grupo Cisneiros, e o Gilberto Englebience, do Grupo Globant, contaram seus cases e mostraram como suas empresas conseguiram vencer diante de todos os desafios empreendedores. Mas a grande lição do painel foi que para ser um empreendedor global, com visão, habilidade para formar um grande time e um negócio competitivo e receber investimentos, não necessariamente você precisa estar fisicamente no Valley.
O evento se dividiu em 3 auditórios e eu escolhi o painel “Comunidades de Startups em Mercados Emergentes”. Nesse encontro, Pablo Salazar, da NXTP Labs da Argentina, Matt Haggman, do Knight Foudation, e Janelle Alexander, da PowerMoves Miami, apresentaram como ajudam os empreendedores com seus modelos de suporte em apoio e aceleração, como é o processo de expansão internacional e a escolha e seleção de projetos. A diferença básica entre eles é o a capacidade de investimento, já que o propósito é o mesmo. Na Argentina, o NXTP Labs é financiado por um fundo familiar, enquanto nos Estados Unidos é muito comum doações ou aportes das mais diversas entidades. A lição que fica pra mim é que independente do modelo de suporte as startups, o mais importante é a preocupação com a educação dos empreendedores, a formatação do mindset empreendedor e a transformação dos líderes do futuro em escala global.
O outro painel que participei foi o “Plataforma de investimento emergente”. A discussão nesse painel foi muito interessante porque desnudou os desafios, as dificuldades e a questão da regulamentação. O Alex Mittal, fundador do FundersClub, mostrou as diferenças de sua Plataforma para as demais, deixando claro o caráter exclusivo para investidores qualificados que se propõe. Já o Sherwood Neiss, da Crowd Capital, apresentou seu modelo de equity crowdfunding com diferencial de curadoria e due diligence. Ken Kanara, da Seed Invest, mostrou como fazem coinvestimentos partindo da premissa que eles investem juntos. Todos se mostraram bastante preocupados com a questão educação e qualificação dos investidores no equity crowdfunding em relação ao risco do investimento e também com a questão de saídas futuras (exits). Para mim, a certeza que fica do painel é que a Plataforma brasileira DealMatch está no caminho certo em ser privada e focada em curadoria e due diligence.
O dia terminou com um incrível painel “Startups em CUBA”, onde dois empreendedores apresentaram como conseguem empreender dentro de Cuba mesmo com sanções e barreiras ao país, as dificuldades e como conseguiram superar isso. O John McIntire da Open English mediou o painel dando uma verdadeira aula com sua experiência e trajetória empreendedora, como fundou uma fundação de apoio ao Empreendedorismo Cubano, a Cuba Empreende Foundation. Os empreendedores de Cuba explicaram suas startups e como “driblar” o governo e suas políticas restritivas. O Eliezer Cabrera criou o Conece Cuba que é um buscador de serviços e produtos dentro do país, já o empreendedor Sergio Lazaro explicou como desenvolve software e mostrou um case de uma floricultura que vende flores para entregar em Cuba recebendo pagamentos apenas fora de Cuba. Minha lição neste painel foi que não importa a dificuldade, até as mais complexas, a inovação e o empreendedorismo pode ajudar, mais do que isso, que existe muita gente interessado em ajudar.
Bem, esse foi o primeiro dia de evento, amanhã eu participo do painel “Investimento em países LATAM”.
O evento acabou em um happy hour para integração entre todos. Para nossa alegria tivemos também a companhia do nosso querido investidor Anjo Fernando Campos associado da Anjos do Brasil que atualmente mora em Miami.
Reconhecido como um dos conferencistas mais sintonizados com Inovação e Convergência Digital do Brasil; Especialista em e-commerce, marketing, empreendedorismo e vendas; Investidor Anjo, líder do núcleo Nordeste da @AnjosDoBrasil; Participa em mais de 40 StartUps; Associado na Bossa Nova Investimentos e Seed Participações; Lead Partner da Plataforma DealMatch; Cotista e Mentor nas Aceleradoras @85Labs e StartYouUp; Vencedor do prêmio Spark Awards da Microsoft como Investidor Anjo do Ano 2015; Empreendedor Serial; Conselheiro da @GCSM Global Council of Sales Marketing; CEO na Plataforma SDI de Event Ticketing; Colunista de diversos Portais no Brasil; Speaker internacional; Pensador, escritor e autor dos Livros [O vendedor na Era Digital], [Vendas & Atendimento], [Gigantes das Vendas] e [Educando Filhos para Empreender]; Premiado por anos consecutivos como um dos maiores Incentivadores do Ecossistema Empreendedor Brasileiro; Espalhador de Ideias Digitais e Melhores Práticas em Negócios.
One comment
Parabéns, João Kepler, por sua iniciativa e nos trazer informações que confirmam que “o que facilita MUDARMOS e VENCERMOS” é a ajuda de terceiros – visionários e despojados do egoísmo e da inveja.
Assim, nós, brasileiros dedicados à inovação e a EMPREENDER de verdade (com as “próprias vidas” e recursos), estamos temos mais esperança para, um dia, chegarmos ao primeiro “Prêmio Nobel BRASILEIRO”!
Isso mesmo, pois, se há tantos recursos (investidores, empreendedores, idéias e expertise) por aqui, qual a razão de ainda não ter surgido um único “produto digital brasileiro” que tenha se tornado “case” vitorioso além de nossas fronteiras e esteja capitaneado por investidores brasileiros, digo: criado aqui no Brasil e se expandido mundo afora graças a este tipo de apoio/investimento?…
Será que a mentalidade e individualismo brasileiros farão repetir-se tb nesse meio (tecnologias inovadoras/mundo digital) o mesmo INSUCESSO brasileiro existente com a maior de todas “premiações”, e reconhecimento mundial, o Prêmio Nobel, QUE NÃO TEMOS 1 (UM) SEQUER?
Penso que sim. Ao menos enquanto a “razão” for de “fôro íntimo” e aquela que nos leva à total falta de apoio “dentro de casa”!
Exemplo: Nélio José Nicolai, inventor do Bina e que, CERTAMENTE, seria o homem mais RICO DO MUNDO – isso mesmo, façam as contas!!!! – , caso tivesse recebido “apoio dentro de casa”.
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