Artigo por Eduardo Thuler*
Encontrar o candidato certo e mantê-lo por um longo tempo na empresa não é mais responsabilidade somente da área de Recursos Humanos. Se antes as decisões de contratação eram baseadas no “feeling” do recrutador, hoje, o avanço da tecnologia e o Big Data permitem que a análise de dados facilite não só o recrutamento, como o desenvolvimento dos profissionais.
No Google, o People Analytics já vem sendo aplicado e tem trazido resultados positivos para o negócio. Em entrevista ao New York Times, o vice-presidente da People Operations, Laszlo Bock, afirma que o Big Data tem contribuído para o gerenciamento de pessoas e para o desenvolvimento de lideranças.
Duas vezes ao ano, funcionários respondem questionários sobre o desempenho de seus gerentes. Desta maneira, o diagnóstico é baseado na análise de dados que ressaltam aspectos positivos e pontos de melhoria, incentivando mudanças de comportamento. Com esse estudo foi possível identificar, por exemplo, que lideranças consistentes dão aos funcionários liberdade e criatividade para tomar decisões, pois sabem com quais parâmetros trabalhar para definir limites.
Na Catho, colocamos à disposição de nossos clientes uma ferramenta de inteligência artificial voltada para a recomendação de vagas, que permite ao candidato interagir com as sugestões de vagas ou descartá-las, diretamente da página principal, sem precisar fazer uma busca ativa no site.
Alguns possíveis benefícios do uso do Big Data em recursos humanos são:
- Análise preditiva: avaliação da possibilidade de pedidos de demissão, e mais chances de identificar novas lideranças.
- Análise de entrevistas e identificação dos melhores recrutadores.
- Melhor posicionamento do candidato de acordo com a vaga.
- Vantagem competitiva, com menor turnover e mais assertividade na colocação de profissionais.
- Formação de equipes: é possível medir quais os atributos de uma equipe de sucesso – quantidade de pessoas, variedade de formação profissional etc
Desafios
Para a empresa, esses recursos funcionam como um Big Brother que oferece um acompanhamento em tempo real do desempenho dos colaborares. E é importante lembrar que a utilização dessas informações deve ser restrita à liderança da empresa, para evitar que os funcionários moldem seu comportamento a fim de manipular os resultados.
Por fim, a aplicação da tecnologia torna o RH uma área cada vez mais estratégica para as decisões de uma corporação, além de incentivar a capacitação e atualização dos profissionais.
*Artigo por Eduardo Thuler, CEO da Catho
Imagem: business, internet and technology concept via Shutterstock
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